Fazendo uma pesquisa para um trabalho avaliativo de uma disciplina do Pós Graduação em Docência, do qual participo aos sábados, me deparei com um texto que, de certa forma, representa um puxão de orelha em alguns professores que conhecemos.
Este texto, que reproduzirei a seguir, fala sobre compromisso, responsabilidade e atualização que nós, professores às vezes esquecemos.
Pamela Niero, autora desse texto estava inspirada no momento que colocou no papel, tudo o que nós, professores muitas vezes estamos esquecendo de fazer.
Ah! Ela é designer, professora de língua portuguesa, licenciada em letras, especialista em língua portuguesa e literatura e editora da revista Língua & Educação.
Interessada nas áreas de: Análise de discurso, pragmática e lingüística aplicada ao ensino de línguas.
Colegas! Leiam com atenção o texto que segue e façam, se possível, uma pequena reflexão sobre “nossa” atuação atualmente em sala de aula.
Espero estar colaborando um pouco com o nosso progresso como professores profissionais!!!
“ O QUE É SER PROFISSIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR?”
(“... Ou o que é ser um professor reflexivo…
Outro dia, conversando com uma professora de língua estrangeira, fiquei me questionando se os professores sabem o sentido do que é ser profissional (antes mesmo de ser professor).
A professora culpava a formação que teve na graduação pela falta de capacidade de trabalhar em sala de aula, isso após citar os diversos argumentos que já estão pra lá de manjados.
O problema da formação, a meu ver, assim como outros argumentos, são antes de tudo boas desculpas para tentar justificar o comodismo profissional.
Mas o que é ser profissional?
Primeiramente vamos nos livrar do estigma do “fazer com paixão”, ponto. Muito menos com amor! Como diz um professor que admiro: “Não amo o que faço, faço porque sou profissional”. Só isso já resolveria boa parte dos problemas…
Se você é profissional (e não faz por paixão), a primeira postura que você tem é ser comprometido com o seu trabalho. Desculpem-me colegas, mas cabe esclarecer que comprometimento não é só cumprir horários e dar aquela aulinha medíocre.
Ser comprometido é você ter noção da sua responsabilidade. A responsabilidade mobiliza outros fatores importantes: como a constante atualização (sem que o governo necessite obrigar você a fazer isso), o envolvimento com o trabalho e a reflexão (ah! Tenho mais o que pensar… Casa, marido, filhos…).
Dewey deve surtar escrevendo sobre a postura reflexiva para professores nada reflexivos… (Ah! Você não sabe quem é Dewey? Então descubra!…)
Quando falo de envolvimento, na verdade estou falando de: planejamento (ah!… não tenho tempo…), de participação (Não professor, você não participa! Responda sinceramente: O que você faz na sala dos professores? Sei… Lembrou do último pedido que você fez naquele catálogo daquela sua colega professora?) e do enfrentamento de desafios (todos preferem ignorar o desafio e culpar os alunos, a família, o governo…. Por favor, hein?! Está na hora de trocar o disco!).
Situações difíceis exigem do professor análise, pesquisa e reflexão. Nada que outra profissão não exija…
O fato é que culpar a má formação não resolve o problema. Aliás, formação é uma palavra que não gosto. Ela causa a idéia de algo acabado e o conhecimento não acaba. Você, professor, deve buscar se “formar” todos os dias, principalmente os construtivistas (que de construtivistas só tem o nome…).
Professor, leia! Leia no banheiro! Reflita! Nem que seja no chuveiro… Compartilhe sua leitura com os outros professores na sala dos professores (ou ante sala do inferno – como um outro professor maravilhoso costuma dizer). Produza conhecimento! Escreva suas experiências, pesquisas, análises e resultados e compartilhe. Caso contrário, você além de acomodado será um frustrado, que tentará acabar com a motivação de cada novo professor que colocar o pé na escola (ou quem sabe boicotar) para que eles entrem para a turma dos fracassados…”)
Pamela ainda sugere a leitura de um livro como dica de leitura para quem quiser se profissionalizar como professor:
“O professor reflexivo: Guia para investigação do comportamento em sala de aula” da Sandra Lee McKay, editora SBS, segue breve resumo:
[...Para um professor, seja ele de qualquer área, é imprescindível a reflexão. Um educador que se preocupe em refletir sobre os problemas que ocorrem em sua sala de aula é um educador que busca o real desenvolvimento de seus alunos. Esta obra de Sandra Lee Mackay enfatiza a necessidade de se refletir sobre o próprio ensino, contextualizando as dificuldades que aparecem constantemente nas salas de aula e que, muitas vezes, encontram professores que não aprenderam a refletir sobre elas. Desta forma, torna-se viável uma sistemática reflexão, assim como a sugerida pelo livro, sobre o comportamento de nossos alunos, suas dificuldades, nossas dificuldades e as respectivas causas, com a finalidade de desenvolver o conhecimento humano e real, para a vida e em favor dela...]
Acredito que toda a tentativa de melhorar é válida quando se trata de aprender a ensinar...
Fonte: Texto extraído da “Revista Digital Língua & Educação”
Resumo parcial do livro “Professor reflexivo...” por Elaine Leonarczyk – 5o. ano Letras: Português-Inglês / UEM, 2005.
Este texto, que reproduzirei a seguir, fala sobre compromisso, responsabilidade e atualização que nós, professores às vezes esquecemos.
Pamela Niero, autora desse texto estava inspirada no momento que colocou no papel, tudo o que nós, professores muitas vezes estamos esquecendo de fazer.
Ah! Ela é designer, professora de língua portuguesa, licenciada em letras, especialista em língua portuguesa e literatura e editora da revista Língua & Educação.
Interessada nas áreas de: Análise de discurso, pragmática e lingüística aplicada ao ensino de línguas.
Colegas! Leiam com atenção o texto que segue e façam, se possível, uma pequena reflexão sobre “nossa” atuação atualmente em sala de aula.
Espero estar colaborando um pouco com o nosso progresso como professores profissionais!!!
“ O QUE É SER PROFISSIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR?”
(“... Ou o que é ser um professor reflexivo…
Outro dia, conversando com uma professora de língua estrangeira, fiquei me questionando se os professores sabem o sentido do que é ser profissional (antes mesmo de ser professor).
A professora culpava a formação que teve na graduação pela falta de capacidade de trabalhar em sala de aula, isso após citar os diversos argumentos que já estão pra lá de manjados.
O problema da formação, a meu ver, assim como outros argumentos, são antes de tudo boas desculpas para tentar justificar o comodismo profissional.
Mas o que é ser profissional?
Primeiramente vamos nos livrar do estigma do “fazer com paixão”, ponto. Muito menos com amor! Como diz um professor que admiro: “Não amo o que faço, faço porque sou profissional”. Só isso já resolveria boa parte dos problemas…
Se você é profissional (e não faz por paixão), a primeira postura que você tem é ser comprometido com o seu trabalho. Desculpem-me colegas, mas cabe esclarecer que comprometimento não é só cumprir horários e dar aquela aulinha medíocre.
Ser comprometido é você ter noção da sua responsabilidade. A responsabilidade mobiliza outros fatores importantes: como a constante atualização (sem que o governo necessite obrigar você a fazer isso), o envolvimento com o trabalho e a reflexão (ah! Tenho mais o que pensar… Casa, marido, filhos…).
Dewey deve surtar escrevendo sobre a postura reflexiva para professores nada reflexivos… (Ah! Você não sabe quem é Dewey? Então descubra!…)
Quando falo de envolvimento, na verdade estou falando de: planejamento (ah!… não tenho tempo…), de participação (Não professor, você não participa! Responda sinceramente: O que você faz na sala dos professores? Sei… Lembrou do último pedido que você fez naquele catálogo daquela sua colega professora?) e do enfrentamento de desafios (todos preferem ignorar o desafio e culpar os alunos, a família, o governo…. Por favor, hein?! Está na hora de trocar o disco!).
Situações difíceis exigem do professor análise, pesquisa e reflexão. Nada que outra profissão não exija…
O fato é que culpar a má formação não resolve o problema. Aliás, formação é uma palavra que não gosto. Ela causa a idéia de algo acabado e o conhecimento não acaba. Você, professor, deve buscar se “formar” todos os dias, principalmente os construtivistas (que de construtivistas só tem o nome…).
Professor, leia! Leia no banheiro! Reflita! Nem que seja no chuveiro… Compartilhe sua leitura com os outros professores na sala dos professores (ou ante sala do inferno – como um outro professor maravilhoso costuma dizer). Produza conhecimento! Escreva suas experiências, pesquisas, análises e resultados e compartilhe. Caso contrário, você além de acomodado será um frustrado, que tentará acabar com a motivação de cada novo professor que colocar o pé na escola (ou quem sabe boicotar) para que eles entrem para a turma dos fracassados…”)
Pamela ainda sugere a leitura de um livro como dica de leitura para quem quiser se profissionalizar como professor:
“O professor reflexivo: Guia para investigação do comportamento em sala de aula” da Sandra Lee McKay, editora SBS, segue breve resumo:
[...Para um professor, seja ele de qualquer área, é imprescindível a reflexão. Um educador que se preocupe em refletir sobre os problemas que ocorrem em sua sala de aula é um educador que busca o real desenvolvimento de seus alunos. Esta obra de Sandra Lee Mackay enfatiza a necessidade de se refletir sobre o próprio ensino, contextualizando as dificuldades que aparecem constantemente nas salas de aula e que, muitas vezes, encontram professores que não aprenderam a refletir sobre elas. Desta forma, torna-se viável uma sistemática reflexão, assim como a sugerida pelo livro, sobre o comportamento de nossos alunos, suas dificuldades, nossas dificuldades e as respectivas causas, com a finalidade de desenvolver o conhecimento humano e real, para a vida e em favor dela...]
Acredito que toda a tentativa de melhorar é válida quando se trata de aprender a ensinar...
Fonte: Texto extraído da “Revista Digital Língua & Educação”
Resumo parcial do livro “Professor reflexivo...” por Elaine Leonarczyk – 5o. ano Letras: Português-Inglês / UEM, 2005.
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