Revendo materiais de atualização em nutrição me deparei com este texto de Jocelem Salgado que reproduzo parte a seguir. Trata-se da terapia nutricional ajudando no tratamento e manejo do paciente autista.
Espero que ajude colegas, pais e familiares que lidam diariamente com estes pacientes.
"... Hoje, o autismo é nomeado como “síndrome do espectro autista” porque o quadro clínico é muito variado, existem autistas com elevado grau de desenvolvimento intelectual e sociabilidade e outros que apresentam um quadro severo de retardo mental e insociabilidade.
O autismo não tem cura. O tratamento deve envolver uma equipe multidisciplinar e tem como objetivo melhorar a qualidade de vida através do controle dos sintomas comportamentais e condicionamento do indivíduo à vida social respeitando suas limitações. Devido às incertezas sobre sua causa existem várias propostas de tratamento.
No tratamento do autismo a alimentação tem um papel fundamental. Alguns alimentos podem intensificar os sintomas como a farinha de trigo, o leite e a soja. Quando eles são retirados da dieta os autistas geralmente ficam mais calmos e ocorre melhora da atenção e concentração. Isso ocorre porque grande parte dos autistas apresentam uma deficiência enzimática que inibe a digestão completa da proteína presente na soja, leite e trigo. Essa condição leva à formação de grande quantidade de pequenos peptídeos (fragmentos de proteína) dentro do intestino. Esses peptídeos possuem ação farmacológica semelhante ao ópio. Esses compostos apresentam a capacidade de atravessar a parede do intestino, cair na corrente sanguínea e chegar ao Sistema Nervoso Central atuando como uma substância opiácia no cérebro intensificando os sintomas da síndrome, como a falta de concentração e isolamento.
Os salgadinhos, sucos em pó artificial e gelatina são muito ricos em corantes. Hoje se sabe que os corantes estimulam a hiperatividade, por essa razão devem ser banidos da dieta dos autistas.
A ocorrência de sintomas gástricos é muito elevada em autistas, como constipação intestinal, (intestino preso), diarréia, gastrite, refluxo.
Para normalizar o funcionamento do intestino recomenda-se o uso de probióticos em cápsula. No caso de gastrite e refluxo evitar alimentos que irritam o estômago como: temperos industrializados, extrato de tomate, café, chá preto, alimentos fritos e alimentos ácidos como laranja, limão e abacaxi.
A suplementação com cápsulas de ômega três melhora a concentração e aprendizado.
Os autistas têm uma um hábito alimentar restrito, e são muito resistentes à introdução de novos alimentos na dieta. Mesmo com essas limitações procure estimular o consumo da maior variedade de alimentos para evitar deficiências nutricionais como falta de vitaminas e minerais.
As peças fundamentais para o sucesso do tratamento do autismo é o amor, a dedicação e, acima de tudo, compreensão de todas as pessoas que o cercam..."
Espero que ajude colegas, pais e familiares que lidam diariamente com estes pacientes.
"... Hoje, o autismo é nomeado como “síndrome do espectro autista” porque o quadro clínico é muito variado, existem autistas com elevado grau de desenvolvimento intelectual e sociabilidade e outros que apresentam um quadro severo de retardo mental e insociabilidade.
O autismo não tem cura. O tratamento deve envolver uma equipe multidisciplinar e tem como objetivo melhorar a qualidade de vida através do controle dos sintomas comportamentais e condicionamento do indivíduo à vida social respeitando suas limitações. Devido às incertezas sobre sua causa existem várias propostas de tratamento.
No tratamento do autismo a alimentação tem um papel fundamental. Alguns alimentos podem intensificar os sintomas como a farinha de trigo, o leite e a soja. Quando eles são retirados da dieta os autistas geralmente ficam mais calmos e ocorre melhora da atenção e concentração. Isso ocorre porque grande parte dos autistas apresentam uma deficiência enzimática que inibe a digestão completa da proteína presente na soja, leite e trigo. Essa condição leva à formação de grande quantidade de pequenos peptídeos (fragmentos de proteína) dentro do intestino. Esses peptídeos possuem ação farmacológica semelhante ao ópio. Esses compostos apresentam a capacidade de atravessar a parede do intestino, cair na corrente sanguínea e chegar ao Sistema Nervoso Central atuando como uma substância opiácia no cérebro intensificando os sintomas da síndrome, como a falta de concentração e isolamento.
Os salgadinhos, sucos em pó artificial e gelatina são muito ricos em corantes. Hoje se sabe que os corantes estimulam a hiperatividade, por essa razão devem ser banidos da dieta dos autistas.
A ocorrência de sintomas gástricos é muito elevada em autistas, como constipação intestinal, (intestino preso), diarréia, gastrite, refluxo.
Para normalizar o funcionamento do intestino recomenda-se o uso de probióticos em cápsula. No caso de gastrite e refluxo evitar alimentos que irritam o estômago como: temperos industrializados, extrato de tomate, café, chá preto, alimentos fritos e alimentos ácidos como laranja, limão e abacaxi.
A suplementação com cápsulas de ômega três melhora a concentração e aprendizado.
Os autistas têm uma um hábito alimentar restrito, e são muito resistentes à introdução de novos alimentos na dieta. Mesmo com essas limitações procure estimular o consumo da maior variedade de alimentos para evitar deficiências nutricionais como falta de vitaminas e minerais.
As peças fundamentais para o sucesso do tratamento do autismo é o amor, a dedicação e, acima de tudo, compreensão de todas as pessoas que o cercam..."
Fonte: Texto de Jocelem Salgado
Um comentário:
oi leone. Sou fonoaudióloga, e gostei das informções. Você tem sugestões de livris que fale sobre o assunto?
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